21/05/19 Uncategorized

100 anos de Bauhaus – Da década de 20 para o século XXI

A Bauhaus foi uma importante escola de design, artes plásticas e arquitetura criada em 1919 na cidade alemã de Weimar que funcionou durante 14 anos. Ela foi fundada logo após a primeira guerra mundial, até ser fechada pelo governo nazista em 1933. A escola nasceu da fusão da Academia de Belas artes com a Escola de Artes aplicadas de Weimar e rapidamente destacou-se por promover a interdisciplinaridade em sua grade curricular.

A ideia de seus fundadores era criar uma nova escola, pautada no pensamento para a vida cotidiana. A escola reunia artistas, artesãos, pintores, arquitetos e, por sua característica interdisciplinar, antecipou diversas tendências que são vigentes até hoje. Muitas processos criados dentro da Bauhaus na época nunca tinham sido experimentadas antes.

A Bauhaus, em sua concepção original, é definida como mais que um estilo, se aproximando mais de uma ação educativa motivada por mudar a vida cotidiana do maior número de pessoas.

Apesar do curto período em atividade, a escola alemã deixou um legado que influencia diversas áreas do design, arquitetura e artes plásticas. Os conceitos propostos no início do século XX ainda são utilizados hoje.

“A forma segue a função”

Louis Sullivan

3 fases da Bauhaus, 3 cidades diferentes.

Fase 1: Weimer – Onde artesãos e artistas se encontraram

Primeiro prédio da Bauhaus em Weimar

O primeiro prédio da Bauhaus foi construído na cidade de Weimar, região central da alemanha. Com o fim da primeira guerra mundial, seu fundador, o arquiteto Walter Gropius, aderiu às ideias de intelectuais da época que queriam entrar em uma nova era de mudanças. Assim, surgiu uma metodologia que agregava o processo artístico e prático inseridos no contexto da produção industrial em massa.

Fase 2: Dessau –  Onde a forma segue o pensamento

Prédio da Bauhaus em Dessau

O segundo, e mais conhecido prédio da Bauhaus, foi construído em 1925 na cidade de Dessau. Influenciado por divergências com o direcionamento da escola e a influência de ideias marxistas, o arquiteto suíço Hannes Meyer torna-se o novo diretor da Bauhaus em 1928, seguindo no cargo até 1930.


Com grandes janelas de vidro, onde era possível ver o projeto arquitetônico na parte de dentro do prédio, o prédio seguia a máxima “A forma segue o pensamento”  uma arquitetura ainda incomum para a época.

Fase 3: Artes, artesanato e tecnologia. A Bauhaus chega a Berlim

Prédio da Bauhaus em Berlim

Fugindo da ameaça nazista por conta das ideias Marxistas de seu atual diretor, a Bauhaus transfere-se para Berlim, agora como uma instituição privada funcionando sob o comando do arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe a partir de 1932. O prédio só funcionou até 1933, quando as atividades foram definitivamente encerradas pelo governo nazista.

Influência da Bauhaus no design de móveis, design gráfico e arquitetura

Ao contrário do movimento imediatamente anterior, Arts and Crafts, que se propunha como alternativa à mecanização e à produção em massa, a Bauhaus preza pelo minimalismo e funcionalidade das formas. É de uma das pessoas mais importantes do movimento, Mies Van der Rohe a famosa frase “menos é mais”, por exemplo.

Muitos objetos criados na época, influenciam o design de móveis de hoje. Um ótimo exemplo é a loja de móveis sueca IKEA que tem forte influência das teorias da Bauhaus. São móveis bonitos, funcionais e fáceis de montar.

Cadeira Barcelona, 1929 – Por Mies van der Rohe and Lilly Reich

Mesas aninhadas – Josef Albers, 1926

Infusor de Chá – Marianne Brandt

Egg Chair – Arne Jacobsen

Arquitetura

Cidade Branca em Tel Aviv

A arquitetura moderna deve muito aos estudos da Bauhaus. As formas simplificadas dos desenhos arquitetônicos e os espaços pensados com função social, fortemente integrados com o urbanismo.

As linhas retas, simples e formas geométricas; Fachadas com predominância de janelas de vidro e arquitetura reproduzível, ou seja, que podem ser replicadas em diversos prédios são as principais características da arquitetura da Bauhaus.

A cidade que mais tem prédios com as características Bauhaus  é Tel Aviv, em Israel. Isto porque muito professores judeus tiveram que sair da Alemanha e se refugiar no país do oriente médio por conta da perseguição nazista.

Influência da Bauhaus no design gráfico

Além da arquitetura e do design de objetos, os conceitos da Bauhaus influenciaram fortemente o design. Muitas das teorias propostas por seus professores entre as décadas de 20 e 30, são aplicadas ainda hoje.

Cores complementares

O professor Johannes Itten, um dos mais importantes membros da Bauhaus, criou o círculo de 12 cores que explica como misturar a matizes e tons.

Ele também foi pioneiro a ao argumentar a ideia de que as cores tem uma função social. Ele era fascinado em como as cores afetam a psicologia das pessoas.

Os gênios da geometria

Os alunos da Bauhaus eram instigados a olhar para a realidade da mesma forma que os cubistas como Braque e Picasso faziam. Isso acontecia através da desconstrução de objetos até a sua forma mais geométrica mais básica,  eles acreditavam que havia eficiência e perfeição na geometria.

Este exercício  está diretamente ligado ao flat design e à eficiência que ele oferece ao se trabalhar com múltiplos dispositivos e plataformas.

A importância da tipografia

Muitos professores da Bauhaus defendiam a importância da tipografia dentro da comunicação. O designer alemão Herbert Bayer recebeu a missão de criar um tipo de letra universal com ênfase na legibilidade e acabou inventando o alfabeto universal, que influenciou Paul Renner, um  importante tipógrafo e artista alemão, a criar a fonte Futura. Simples e arrojada, que substitui as fontes ornamentadas e estilizadas.

Conexão da cor com a forma

Wassily Kandinsky, um dos professores mais importantes da escola, propôs que a cor e a forma estão intimamente conectados. Ele propôs que certas formas e cores complementam uns aos outros e comunicam uma ideia e emoção específicas quando combinadas. Você pode observar a teoria de Kandinsky na prática ao entrar em um site o botão de comprar ser verde.

Com recursos naturais limitados e  população cada vez maior, as ideias trazidas pela Bauhaus tornam-se até mais relevante hoje do que na época em que ela surgiu.

Trazer funcionalidade, durabilidade e uso de poucos materiais, sempre priorizando a funcionalidade, sem deixar de lado a beleza.

UX Design

A essência do que propunha a Bauhaus pode ser observada inclusive no conceito de  UX Design (User Experience). Simplificar e pensar na experiência do usuário dialogam muito com o que a escola buscava lá no século XX.  Um bom design de usuário torna a navegação muito mais intuitiva e simples, dispensando grandes explicações para a utilização.

Nós não podemos separar a estética da usabilidade

Tecnologia

Bauhaus inspira Vale do Silicio

“Design não é apenas aquilo que vemos e sentimos, mas também diz respeito à como as coisas funcionam”.

Esta frase foi dita por Steve Jobs e dialoga diretamente com a filosofia da Bauhaus.

O fundador da Apple quis trabalhar com um design diferente daquele que estava em em vigor na década de 80, focado principalmente na temática industrial.  Foi bebendo na fonte da escola alemã que ele encontrou a inspiração que precisava. A máxima “A forma segue a função” pode ser vista nos produtos da empresa, presente em seu design clean e sem ornamentos. Isso prova que os conceitos da Bauhaus são atemporais e que um bom design não envelhece.

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14/05/19 Uncategorized

Starbucks Reserve Roastery – Um novo conceito de consumir café

As “Starbucks Reserve Roastery” segundo Kevin Jhonson, CEO da multinacional, são lojas especiais da Starbucks que tem uma seleção dos mais raros e extraordinários cafés que a rede tem para oferecer.

Os cafés são torrados e moídos nas próprias lojas e proporcionam a experiência multisensorial completa para seus clientes. Também é possível encontrar, no  mesmo espaço, filiais da padaria italiana Princi, bares e a casa de chás Teavana. Um conceito de loja totalmente novo para a marca.

O grande diferencial em algumas lojas, é poder acompanhar todo o processo de torrefação do café, o que proporciona uma imersão muito mais completa aos clientes e visitantes.

Starbucks Reserve – Seattle, EUA

Além de trazer uma seleção de produtos premium, as lojas investiram bastante no design, sempre remetendo à cultura do café e, diferente das lojas convencionais, que tem um certo padrão, cada espaço é único e traz na decoração, design e arquitetura, elementos que remetem a cidade onde estão localizadas

A primeira loja conceito da Starbucks Reserve foi inaugurada em 2011 em Seattle, sua cidade de origem, e foi um enorme sucesso. Hoje, além da unidade no estado de Washington, existem outras quatro lojas, localizadas em Tóquio, Milão, Nova York e Xangai. A próxima está prevista para ser aberta em Chicago.

Xangai

Starbucks Reserve – Xangai, China

Milão

Starbucks Reserve – Milão, Itália

A loja de Milão é a primeira e única loja Starbucks da Itália. O país é conhecido internacionalmente por seu café, especialmente pelo espresso e machiatto, então, foi um desafio e tanto para a Starbucks estabelecer a sua primeira operação no país, mas eles não decepcionaram.

A loja foi instalada no prédio histórico Palazzo delle Poste e se inspira na própria cidade de Milão para compor a decoração interior. Enquanto nas outras lojas as cores escuras e sóbrias predominam, na Roastery italiana, os detalhes  coloridos são o grande diferencial e dão o toque especial para o lugar.

Detalhes coloridos
Detalhe do piso na loja de Milão

Tóquio

Starbucks Reserve – Tóquio, Japão

A unidade japonesa, que é a maior da rede, com aproximadamente 32.000 m2, está localizada no distrito de Nakameguro, um dos bairros mais chiques da capital japonesa. No centro da loja fica o barril de cobre, inspirado nas árvores de Sakura, um dos símbolos do Japão.

Nova York

Starbucks Reserve – Nova York, EUA

Ambientação na construção de brand equity

O cuidado na escolha da ambientação do ponto de venda e, principalmente na experiência do cliente, é o que têm gerado mais valor agregado às marcas. Oferecer experiências diferenciadas é um bom caminho atrair novos clientes e fidelizar os que já frequentam as lojas.

Diferente do ambiente on line, nas lojas físicas é possível proporcionar uma experiência multissensorial que ainda não conseguimos oferecer na tela do computador e esse pode ser um diferencial competitivo importante, tanto em termos de conversão de venda, quanto em relação à construção de brand equity.

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Starbucks Reserve Roastery – Um novo conceito de consumir café
30/04/19 Uncategorized # , , ,

UX Writing – a escrita pensada na experiência do usuário

Conceito de UX

O User Experience (UX) é um conceito que coloca a experiência do usuário no centro do desenvolvimento de produtos, sites, aplicativos e tudo o que envolve a utilização e interação por seres humanos.


O UX pode ser aplicado em sites, aplicativos, landing pages, e-comerces, e-mail marketing, produtos e qualquer plataforma onde mais a sua marca esteja em contato com o cliente.


O User Experience, geralmente mais associado às boas práticas de design gráfico que visam facilitar o entendimento e utilização de produtos físicos ou digitais dos clientes, mas ele também pode (e deve) ser utilizado na parte textual para que a sua audiência tenha uma boa experiência em todos os aspectos na jornada do consumidor, assim estabelecendo uma relação muito mais consistente e próxima da sua marca.


A relevância do assunto, a facilidade e o prazer durante a leitura são os principais pontos buscados pelo UX Writing e iremos falar um pouco desses aspectos nos tópicos a seguir. Confira! 😉

As palavras funcionam como um guia na Jornada do consumidor

A leitura de um conteúdo interessante e bem escrito pode ser a porta de entrada de um cliente até a sua marca, afinal, a probabilidade dele clicar em um link um assunto interessante é maior que a de clicar em um anúncio.


Por este motivo, precisamos encarar a escrita como uma jornada, que em sua última etapa, levará o cliente a adquirir o seu produto ou serviço.

Existe ferramenta mais convincente que o uso das palavras para isso?
É no texto que você irá trazer os argumentos necessários para convencer de que a sua marca é relevante para a necessidade dele.

Texto condutivo para ações, envolvimento, instruções, feedback, criar engajamento emocional criará um vínculo e despertará a curiosidade das pessoas a conhecerem melhor a sua empresa.


O texto precisa ter um objetivo claro antes de ser produzido

Informar, instigar ou provocar debates? Definir o objetivo principal do seu texto ainda no planejamento é essencial para estruturá-lo de forma que a sua audiência termine a leitura sabendo exatamente onde você quis chegar.


Dessa forma, as pessoas entenderão melhor a mensagem que você quer passar pois os argumentos que servem de subsídio para o alcance do objetivo estarão presentes na escolha das palavras, no tom de voz e nos outros aspectos da escrita.


Estilo de escrita

Segundo definição do Dicionário Aurélio, estilo pode ser definido como:


Maneira particular de escrever, de exprimir o pensamento: trabalhar o estilo.

Conjunto das qualidades características de uma obra, um autor, uma época: o estilo romântico, móveis de estilo.


Em um espaço como a internet, onde podemos encontrar uma infinidade de conteúdos, a forma como você  escreve para a sua marca será o grande diferencial em manter a audiência sempre envolvida. Por isso é muito importante desenvolver um estilo próprio, que só poderá ser encontrado nos seus textos.

Linguagem formal, gírias, humor, vocabulário acadêmico. São diversas possibilidades a serem exploradas com a escrita. O texto de um blog de moda, por exemplo, terá uma linguagem diferente de um blog que fala sobre saúde, que por usa vez é diferente de uma marca de alimentos e assim por diante.


E o  estilo de escrita não se restringe apenas ao tom de voz usado, mas também no tamanho das frases, parágrafos e tipo de pontuação. Todos esses elementos gramaticais ajudam a dar ritmo para o texto.

Escritores como J. K. Rowling, Tolkien e  Clarice Lispector, por exemplo tem estilo de escrita muito característicos que tornam as suas obras únicas e facilmente reconhecíveis e a escrita da sua marca deve buscar essa diferenciação.


Um outro exemplo mais contemporâneo pode ser observado nos Blogs, mais especificamente nos que falam sobre moda. Este é um bom exemplo de como ter um estilo bem definido ajuda a conquistar uma audiência extremamente engajada e fiel.


Muitas meninas que hoje são referência no assunto, como Camila Coutinho do Garotas Estúpidas e Bruna Vieira do Blog Depois dos Quinze começaram lá atrás com blogs pequenos e foram criando uma base sólida e fiel de leitoras e o estilo de escrita com certeza tem a ver com isso.


É interessante observar que há toda uma atmosfera da escritora nesses espaços. Nos textos é utilizada uma linguagem específica que ajuda a criar proximidade com a escritora, muitas vezes existe até um vocabulário próprio.

A leitura precisa ser leve, clara e envolvente

Por mais que o assunto seja denso, é preciso que o leitor sinta prazer durante a leitura e também é função do UX writing trazer leveza e fluidez para o texto.


A Persona e o tom de voz precisam guiar toda a parte e escrita e dependendo assunto que for tratado, você deve ter uma abordagem adequada para cada tema.


Guia de Estilo de Marca

Ter um guia de estilo e ortografia ajuda muito na produção de conteúdo. Neste documento estão especificados os detalhes que ajudam a padronizar como o conteúdo é escrito dando muito mais consistência para os seus textos, anúncios, legendas e call-to-actions .

Entre outros aspectos, podemos encontrar no Guia de Estilo:

  • a brand persona
  • o tom de voz que será utilizado
  • o tamanhos dos parágrafos
  • o tamanho dos parágrafos
  • a quantidade de imagens por texto
  • como os links externos são inseridos
  • qual será a formatação dos textos

E tudo o que for relevante para a construção do seu conteúdo, isso pode variar de acordo com cada empresa. Incluir um guia de marca durante o planejamento de comunicação irá facilitar na construção da sua marca de forma mais consistente.

Atenção aos detalhes

Que texto você irá aparecer no navegador quando a sua página não carregar corretamente? Qual será o título do seu texto? Com que frase o seu cliente será recebido ao entrar no app? Que tal colocar uma frase legal enquanto a página carrega? Todos esses pequenos detalhes fazem toda a diferença e precisam ser muito bem pensados.

Vai falar de um produto ou serviço? Que tal focar mais nos benefícios?

Geralmente apresentar os benefícios é muito mais atraente para quem está lendo do que trabalhar somente com informações técnicas. Esse tipo de abordagem, se bem trabalhado, proporciona um envolvimento emocional muito maior com a sua audiência.


A marca precisa evoluir junto com os leitores

Nossos leitores evoluem e as a conversa que estabelecemos com eles também precisa amadurecer.

É importante observar o que as pessoas estão falando, pois é a partir da interação delas que vamos adaptando os assuntos que estão sendo abordados, o tipo de linguagem e diversos outros aspectos da escrita.

Muitos insights extremamente relevantes vem de comentários das pessoas que interagem com o conteúdo e precisamos estar atentos a isso.


Entenda o perfil de cada plataforma antes de escrever o seu conteúdo

A plataforma onde o texto será publicado também influencia em como os textos serão construídos e devem ser levadas em consideração.

No Instagram, por exemplo, é indicado que as legendas curtas e a linguagem pode ser mais coloquial por conta do perfil da audiência nessa plataforma.

Já o LinkedIn, por ser uma rede essencialmente corporativa, pede um vocabulário mais sóbrio e formal.

O Blog permite que você desenvolva melhor as ideias com textos mais longos e assim por diante.

Porém, isso não quer dizer que você terá que mudar o tom de voz ou a sua brand persona, apenas entender que cada tipo de texto funciona melhor em ambientes digitais diferentes e se adaptar a cada um deles.

Gostou do conteúdo? Entre em contato com a gente! 🙂

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